Morro da Urca
Ele ainda se lembrava do telefonema que selaria o destino inconcebível dos dois. Palavras sussurradas no teu sotaque sussurrado e promessas envoltas em uma bolha surreal de proteção contra castigos divinos. Seria imutável, atravessaria oceanos e fronteiras. Era como ver o mar de uma janela preguiçosa que emolduraria palmeiras do pacífico. Seria o amor-bom eterno ou sofreria mudanças repentinas?
Mas no segredo não revelado ele encontrou a verdade. Sim, sabia, era claro que sabia, e seu íntimo se encheu de alegria por saber que o amor-maior estava por vir. "Sonhos são sagrados", repetia para si mesmo, enquanto os dias passavam mais lentos do que de costume. Alimentava o fogo do amor-bom com gravetos frágeis que colhia de momentos já passados mas nunca vividos. Mantinha viva não a esperança do amor-possível-impossível, mas ao menos do amor-amizade, ou qualquer outro nome composto que batizasse aquele sentimento que não iria morrer nunca. Que fosse na velhice, como diziam.
Balançando entre a aceitação do inevitável e a busca de seus sonhos, ele cantarolava dentro de si, perguntando se ela tinha bons pensamentos para ele. A resposta veio em forma de purpurina mágica, com aquela sensação fresca que se tem do vento batendo no rosto de cima do Morro da Urca. Porque para amar é preciso coragem, e hoje somos todos covardes. Nada seria como dantes nesse nosso quartel inventado. E depois da explosão daquela estrela, o vácuo. Náufrago no seu sentimento, jogou cartas ao mar. Pixou sensações em muros escondidos. Viveu nas sombras da memória.
Ce matin la. Um novo dia estava amanhecendo no coração dela e ele sabia. Um pequeno sol, daqueles que sorriem por motivo algum, iria dissipar as brumas que pareciam eternas, derreteria a neve acumulada no longo inverno.
Mas ele, ele precisava voltar a sorrir aquele sorriso fácil, daqueles dados sem que se note, antes que o próximo outono chegasse. E então caminhou e foi atrás dos seus sonhos, sempre tão escondidos, sempre tão esquecidos...
Mas no segredo não revelado ele encontrou a verdade. Sim, sabia, era claro que sabia, e seu íntimo se encheu de alegria por saber que o amor-maior estava por vir. "Sonhos são sagrados", repetia para si mesmo, enquanto os dias passavam mais lentos do que de costume. Alimentava o fogo do amor-bom com gravetos frágeis que colhia de momentos já passados mas nunca vividos. Mantinha viva não a esperança do amor-possível-impossível, mas ao menos do amor-amizade, ou qualquer outro nome composto que batizasse aquele sentimento que não iria morrer nunca. Que fosse na velhice, como diziam.
Balançando entre a aceitação do inevitável e a busca de seus sonhos, ele cantarolava dentro de si, perguntando se ela tinha bons pensamentos para ele. A resposta veio em forma de purpurina mágica, com aquela sensação fresca que se tem do vento batendo no rosto de cima do Morro da Urca. Porque para amar é preciso coragem, e hoje somos todos covardes. Nada seria como dantes nesse nosso quartel inventado. E depois da explosão daquela estrela, o vácuo. Náufrago no seu sentimento, jogou cartas ao mar. Pixou sensações em muros escondidos. Viveu nas sombras da memória.
Ce matin la. Um novo dia estava amanhecendo no coração dela e ele sabia. Um pequeno sol, daqueles que sorriem por motivo algum, iria dissipar as brumas que pareciam eternas, derreteria a neve acumulada no longo inverno.
Mas ele, ele precisava voltar a sorrir aquele sorriso fácil, daqueles dados sem que se note, antes que o próximo outono chegasse. E então caminhou e foi atrás dos seus sonhos, sempre tão escondidos, sempre tão esquecidos...
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