Um ano de solidão
Ele estava numa fase em sua vida que necessitava de aferições seguras. Ou ao menos aproximadas, visto que nunca foi muito dado a preciosismos inúteis. Olhou para trás e avaliou o que já tinha feito, na mesma medida em que olhou para os dias que ainda viriam.
Estabeleceu planos e metas que não sabia se iria cumprir. Pensou se deveria plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro, mas desde já achou a lida com a terra muito complicada para alguém acostumado com tempos modernos. Ademais, filhos são consequências naturais (ou não) e de livros lhe bastava um blog amassado.
Achou por bem, então, plantar sementes de amor-bom. É certo comeria de seus frutos algum dia, descansando sob essa árvore frondosa e cheia de flores que com certeza ela seria. Mas viu o outono chegar rápido demais e as rajadas de vento espalharam as folhas pelo caminho.
Redemoinhos de planos eternos se formaram nos céus sempre nublados e por trás da vidraça embaçada ele viu as pequenas formigas da omissão e das inverdades. Tentou tapar luz da Lua com uma peneira de imprecisões e viu seu corpo sendo retalhado em pequenos quadrados de esperança enquanto a brisa soprava suas ilusões para longe.
Fechou os olhos e prendeu a respiração. Cerrou os punhos como quem espera um milagre ou um sorriso, o que viesse primeiro. Escutou a pesada porta do seu múltiplo coração se fechando com um rangido triste e distante, mas não se preocupou com isso. Seria a vitória da covardia invencível sobre o amor sem limites.
Cobriu-se com um cobertor de lágrimas e dormiu abraçado em si mesmo. Sonhou com múltiplas Luas que bailavam sobre ele como borboletas amarelas iluminando seu sono agitado, e acordou com a chuva batendo forte na janela novamente. Eterna Storm.
Perguntou-se se poderia fazer planos para sempre e não soube mais responder o que ontem era tão palpável. O hoje chegou mas ele sabe que o amanhã também virá. Sorriu tentando encontrar seus motivos e caminhos, mas se perdeu ainda dentro da imaginação tortuosa, sentindo no ar o aroma de fadas.
Fruto, talvez, não de cem, mas de um ano de solidão.
(agradeço a GGM pela inspiração)
Estabeleceu planos e metas que não sabia se iria cumprir. Pensou se deveria plantar uma árvore, ter filhos e escrever um livro, mas desde já achou a lida com a terra muito complicada para alguém acostumado com tempos modernos. Ademais, filhos são consequências naturais (ou não) e de livros lhe bastava um blog amassado.
Achou por bem, então, plantar sementes de amor-bom. É certo comeria de seus frutos algum dia, descansando sob essa árvore frondosa e cheia de flores que com certeza ela seria. Mas viu o outono chegar rápido demais e as rajadas de vento espalharam as folhas pelo caminho.
Redemoinhos de planos eternos se formaram nos céus sempre nublados e por trás da vidraça embaçada ele viu as pequenas formigas da omissão e das inverdades. Tentou tapar luz da Lua com uma peneira de imprecisões e viu seu corpo sendo retalhado em pequenos quadrados de esperança enquanto a brisa soprava suas ilusões para longe.
Fechou os olhos e prendeu a respiração. Cerrou os punhos como quem espera um milagre ou um sorriso, o que viesse primeiro. Escutou a pesada porta do seu múltiplo coração se fechando com um rangido triste e distante, mas não se preocupou com isso. Seria a vitória da covardia invencível sobre o amor sem limites.
Cobriu-se com um cobertor de lágrimas e dormiu abraçado em si mesmo. Sonhou com múltiplas Luas que bailavam sobre ele como borboletas amarelas iluminando seu sono agitado, e acordou com a chuva batendo forte na janela novamente. Eterna Storm.
Perguntou-se se poderia fazer planos para sempre e não soube mais responder o que ontem era tão palpável. O hoje chegou mas ele sabe que o amanhã também virá. Sorriu tentando encontrar seus motivos e caminhos, mas se perdeu ainda dentro da imaginação tortuosa, sentindo no ar o aroma de fadas.
Fruto, talvez, não de cem, mas de um ano de solidão.
(agradeço a GGM pela inspiração)
1 Comentários:
Oi Amor..
Olha eu aqui de novo..rs
Beijos, Beijos
Amo Você
Por
Anônimo, Às
5:30 PM
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